O Monte Everest, com seus imponentes 8.848,86 metros de altitude, segue sendo um dos lugares mais fascinantes da Terra. Localizado na Cordilheira do Himalaia, na fronteira entre o Nepal e o Tibete, o Everest atrai aventureiros, alpinistas e curiosos de todo o planeta. Ainda que muito já tenha sido dito sobre ele, algumas informações continuam fora do radar da maioria das pessoas.
Recentemente, o caso da brasileira que sofreu um acidente ao escalar o Monte Rinjani, na Indonésia, reacendeu o interesse por trilhas e escaladas. Mas o Everest continua sendo o auge desse tipo de desafio.
Neste artigo, o Curioseando apresenta quatro curiosidades surpreendentes sobre o Monte Everest que provavelmente você ainda não conhece, mesmo que já tenha lido ou assistido a diversos conteúdos sobre o tema. Prepare-se para se surpreender!
1. O topo do mundo já foi o fundo do mar
Fósseis marinhos no Everest?
Pode parecer estranho, mas fósseis de animais marinhos já foram encontrados no cume do Monte Everest. Isso acontece porque, há cerca de 450 milhões de anos, a área onde hoje fica a Cordilheira do Himalaia era um fundo oceânico.
Com o choque entre as placas tectônicas da Índia e da Ásia, o antigo leito marinho foi empurrado para cima, formando uma cadeia de montanhas gigantescas — e, no ponto mais alto, nasceu o Everest. Os fósseis encontrados são compostos de rochas sedimentares e conchas, típicos de ambientes subaquáticos.
Essa evidência geológica reforça a ideia de que o planeta está em constante transformação, e que os lugares mais improváveis podem ter histórias completamente diferentes de seu cenário atual.
2. O Monte Everest cresce todos os anos
Ele ainda está subindo?
Sim. A montanha mais alta da Terra não parou de crescer. Por conta da movimentação contínua das placas tectônicas mencionadas anteriormente, o Everest ganha cerca de 4 milímetros de altura por ano, segundo medições recentes.
Em 2020, uma nova medição realizada em conjunto pelos governos da China e do Nepal atualizou a altitude oficial para 8.848,86 metros. Antes disso, existiam divergências de poucos metros entre os dados oficiais dos dois países.
Essa elevação constante pode parecer pequena, mas em termos geológicos, significa que o Everest está longe de ser uma estrutura estática.
3. A montanha tem nomes diferentes — e significados poderosos
Muito além de “Everest”
O nome “Everest” foi uma homenagem ao geógrafo britânico George Everest, mas ele está longe de ser o único nome atribuído à montanha.
Nos países vizinhos, a montanha recebe títulos com grande valor espiritual e cultural:
- Chomolungma (Tibete): significa “Deusa Mãe do Universo”
- Sagarmatha (Nepal): traduzido como “Testa do Céu”
Essas denominações reforçam o respeito e a reverência que os povos locais têm pela montanha, considerada sagrada em diversas tradições do Himalaia.
Muitos guias locais preferem utilizar os nomes originais para manter viva a tradição e a cultura.
4. A primeira escalada foi registrada em 1953
Mas talvez não tenha sido a primeira
O feito histórico ocorreu em 29 de maio de 1953, quando o neozelandês Edmund Hillary e o sherpa Tenzing Norgay atingiram o cume e entraram para a história.
No entanto, há indícios de que outros possam ter chegado antes.
Em 1924, os alpinistas britânicos George Mallory e Andrew Irvine tentaram alcançar o topo. Eles desapareceram na montanha e nunca mais foram vistos — até que, em 1999, o corpo de Mallory foi encontrado em boas condições de conservação, a cerca de 800 metros do cume.
Até hoje, não se sabe se eles chegaram ao topo antes de morrer. A ausência da câmera fotográfica que Mallory levava alimenta ainda mais o mistério.
A escalada ao Everest é tão perigosa quanto parece?
A resposta curta é: sim. A “zona da morte”, localizada acima dos 8 mil metros, exige preparo físico extremo, oxigênio suplementar e apoio profissional. Segundo a Himalayan Database, mais de 300 pessoas já morreram tentando escalar o Everest, e o número de interessados cresce a cada ano.
Com o aumento do turismo de aventura, inclusive no Brasil, muitos se inspiram em histórias do Everest para buscar rotas similares, como a do Monte Roraima ou da Trilha Inca.
Dúvidas frequentes sobre o Monte Everest
1. Qual a altura atual do Monte Everest?
A altitude mais atualizada é de 8.848,86 metros, segundo dados de 2020 do Nepal e da China.
2. O Everest continua crescendo?
Sim, cresce cerca de 4 milímetros por ano devido ao movimento das placas tectônicas.
3. É verdade que fósseis marinhos foram encontrados no Everest?
Sim, rochas sedimentares e fósseis comprovam que a área já foi fundo do mar há milhões de anos.
4. Quantos nomes o Everest tem?
Pelo menos três: Everest (nome ocidental), Chomolungma (Tibete) e Sagarmatha (Nepal).
5. Quem foi o primeiro a escalar o Everest?
Edmund Hillary e Tenzing Norgay, em 1953. Há suspeitas de uma tentativa anterior bem-sucedida em 1924.
6. Por que escalar o Everest é tão perigoso?
A altitude extrema, o clima instável e o risco de avalanches tornam a escalada altamente arriscada.
7. O Monte Everest fica em qual país?
Na fronteira entre o Nepal e a região do Tibete, administrada pela China.
8. É possível visitar o Everest sem escalar?
Sim. O Campo Base do Everest pode ser visitado por meio de trilhas guiadas no lado nepalês.