O cosmos é um imenso espaço repleto de fenômenos surpreendentes, e entre suas maravilhas, há planetas que desafiam nossa compreensão. Descubra mundos do sistema solar com características que vão além do que conhecemos.
O gigante de cortiça: TrEs-4
No imenso oceano cósmico, flutua um planeta que desafia as leis da física como as conhecemos. O TrEs-4, descoberto em 2006, é um verdadeiro enigma astronômico.
Imagine um mundo 70% maior que Júpiter, mas com uma densidade tão baixa que poderia flutuar em um oceano hipotético. Com apenas 0,2 gramas por centímetro cúbico, o TrEs-4 tem uma densidade comparável à de uma rolha de cortiça. Apesar de sua baixa densidade, o TrEs-4 não é um lugar hospitaleiro. Sua atmosfera atinge temperaturas astronômicas de aproximadamente 1.500°C, tornando-o um dos planetas mais quentes já descobertos. A estrutura do TrEs-4 é tão incomum que os cientistas acreditam que ele seja composto principalmente de gás, sem uma superfície sólida definida. Esta composição única o torna essencialmente um gigantesco balão espacial.
A existência do TrEs-4 levanta questões intrigantes sobre a formação e evolução dos planetas. Como um objeto tão grande pode manter uma densidade tão baixa? As teorias atuais de formação planetária estão sendo desafiadas por esta descoberta extraordinária.
TOI-1452 b: O mundo oceânico
Em uma galáxia não tão distante, a cerca de 100 anos-luz da Terra, orbita um planeta que poderia ser o paraíso dos amantes da água. O TOI-1452 b, descoberto, é um mundo que captura a imaginação dos cientistas e do público em geral.
Ligeiramente maior e mais massivo que nosso planeta natal, o TOI-1452 b ocupa a chamada “zona habitável” de seu sistema estelar. Esta localização privilegiada sugere que sua temperatura superficial pode ser propícia para a existência de água líquida. Os astrônomos teorizam que o TOI-1452 b pode ser um verdadeiro “planeta oceânico”. Imaginem um mundo completamente envolvido por uma camada profunda de água, reminiscente das luas geladas de Júpiter e Saturno, mas em escala planetária. A possibilidade de um planeta coberto por oceanos abre novas perspectivas na busca por vida extraterrestre. Se confirmado, o TOI-1452 b poderia se tornar um alvo primordial para futuras missões de exploração em busca de bioassinaturas.
Estudar um mundo como o TOI-1452 b apresenta desafios únicos. Os cientistas estão ansiosos para utilizar instrumentos avançados, como o Telescópio Espacial James Webb, para analisar sua atmosfera e confirmar a presença de água.
O planeta em declínio: HD 56414 b
Nem todos os planetas têm um futuro promissor. O HD 56414 b é um exemplo dramático de um mundo em processo de destruição, oferecendo aos astrônomos uma visão única da mortalidade planetária.
Com um tamanho comparável a Netuno, este exoplaneta orbita perigosamente próximo de sua estrela hospedeira, a brilhante HD 56414. Esta proximidade tem consequências devastadoras para sua existência. A intensa radiação emitida pela estrela-mãe está literalmente arrancando a atmosfera do HD 56414 b. Este processo de erosão atmosférica está reduzindo gradualmente o planeta a um núcleo praticamente indetectável. A descoberta deste planeta em declínio é particularmente significativa, pois oferece aos cientistas a oportunidade de estudar um processo que pode ser comum, mas raramente observado devido às limitações tecnológicas.
O destino do HD 56414 b levanta questões importantes sobre a longevidade dos planetas em sistemas estelares diversos. Seu estudo pode fornecer insights valiosos sobre o ciclo de vida dos planetas e os fatores que influenciam sua sobrevivência a longo prazo.
55 Cancri e: O inferno de lava
A apenas 40 anos-luz de distância, encontramos um mundo que parece saído dos pesadelos mais ardentes: o 55 Cancri e, também conhecido como Janssen.
Classificado como uma Superterra devido à sua alta densidade e composição rochosa, o 55 Cancri e é um planeta que desafia nossa compreensão de habitabilidade planetária. Este mundo alienígena completa uma órbita ao redor de sua estrela em menos de 18 horas terrestres, a uma distância absurdamente próxima – apenas 2,4 milhões de quilômetros separam o planeta de sua estrela hospedeira. As temperaturas na superfície do 55 Cancri e são tão extremas que ultrapassam o ponto de fusão da maioria dos minerais conhecidos. Cientistas teorizam que o lado diurno do planeta pode ser coberto por vastos oceanos de lava em constante ebulição.
Apesar de suas condições infernais, o 55 Cancri e oferece uma oportunidade única para estudar processos geológicos em condições extremas, potencialmente fornecendo insights sobre a formação e evolução de planetas rochosos.
WASP-12b: O gigante negro condenado
No vasto palco cósmico, poucos atores são tão dramáticos quanto o WASP-12b, um planeta que está literalmente vivendo seus últimos momentos na escala de tempo astronômica.
Descoberto em 2008, o WASP-12b é notável por sua aparência quase completamente negra. Este gigante gasoso reflete surpreendentemente pouca luz, tornando-o um dos objetos mais escuros já observados no universo. A composição atmosférica do WASP-12b é dominada por monóxido de carbono e metano, uma mistura que contribui para sua aparência sombria e o classifica como um raro “planeta de carbono”. Com um raio 83% maior que Júpiter e uma massa 40% superior, o WASP-12b é um verdadeiro titã. No entanto, seu tamanho impressionante não o protege de um destino trágico. A proximidade extrema com sua estrela hospedeira está selando o destino do WASP-12b. As forças de maré e a intensa radiação estão literalmente despedaçando o planeta, sugando sua atmosfera e distorcendo sua forma.
Embora os cientistas estimem que o WASP-12b ainda tenha cerca de 10 milhões de anos antes de ser completamente engolido, sua observação oferece uma visão única do destino final que muitos planetas podem enfrentar em sistemas estelares diversos.
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Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Jardins. Redatora do grupo Sena Online.