Um incêndio ocorreu na manhã de domingo em Rio do Sul, Santa Catarina, quando a casa de Francisco Wanderley Luiz, conhecido localmente como Tiu França, foi consumida pelas chamas. Este evento ganhou notoriedade devido ao envolvimento de Luiz em um atentado ao STF (Supremo Tribunal Federal) em Brasília, que resultou em sua própria morte.
O Corpo de Bombeiros de Santa Catarina foi acionado para atender à ocorrência, mobilizando equipes para conter as chamas que se alastravam pela residência. O incidente levantou questões sobre possíveis conexões com o atentado em Brasília e trouxe à tona preocupações sobre a segurança pública e a escalada de atos extremistas no país.
O incêndio em Rio do Sul
Na manhã de domingo, 17 de dezembro, os moradores de Rio do Sul foram surpreendidos por uma densa fumaça que se elevava de uma residência no bairro Jardim América. O Corpo de Bombeiros foi rapidamente acionado para atender à emergência na casa que pertencia a Francisco Wanderley Luiz, mais conhecido como Tiu França.
Os bombeiros chegaram ao local por volta das 9h30 e se depararam com um incêndio de proporções consideráveis. As chamas consumiam rapidamente a estrutura da casa, que era predominantemente de madeira, típica da arquitetura local. A equipe de resgate iniciou imediatamente os procedimentos de combate ao fogo, utilizando caminhões-pipa e equipamentos especializados.
A vizinhança foi evacuada como medida de precaução, enquanto os bombeiros trabalhavam incansavelmente para conter o avanço das chamas. A fumaça densa dificultava a visibilidade e a respiração, tornando a operação ainda mais difícil.
Após o controle do incêndio, iniciou-se uma investigação preliminar para determinar as causas do sinistro. As autoridades não descartaram nenhuma hipótese, incluindo a possibilidade de um incêndio criminoso, dado o histórico recente do proprietário da residência.
Peritos foram chamados para analisar os escombros em busca de evidências que pudessem indicar a origem do fogo. A polícia científica coletou amostras e realizou testes para detectar a presença de acelerantes ou outros materiais que pudessem sugerir uma ação intencional.
O perfil de Francisco Wanderley Luiz
Francisco Wanderley Luiz, conhecido carinhosamente como Tiu França em sua comunidade, era uma figura complexa que transitava entre a política local e ideias extremistas. Sua trajetória, marcada por controvérsias e ações radicais, culminou no atentado ao STF que chocou o país.
Luiz era filiado ao Partido Liberal (PL), a mesma agremiação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em 2020, ele se lançou como candidato a vereador em Rio do Sul, buscando uma cadeira na Câmara Municipal. Sua campanha foi marcada por discursos alinhados com a direita conservadora, enfatizando temas como segurança pública e valores tradicionais.
Apesar de não ter sido eleito, Luiz manteve-se ativo na cena política local, participando de manifestações e utilizando as redes sociais para expressar suas opiniões e críticas ao governo federal e ao Supremo Tribunal Federal.
Nas redes sociais, Francisco Wanderley Luiz mantinha uma presença ativa e controversa. Suas publicações frequentemente continham conteúdo extremista e teorias conspiratórias. Ele utilizava plataformas como Facebook e WhatsApp para disseminar suas ideias e mobilizar simpatizantes.
Um dos aspectos mais preocupantes de sua atividade online eram as referências recorrentes a explosivos e ameaças veladas. Em uma série de postagens, Luiz chegou a desafiar abertamente a Polícia Federal, mencionando bombas e fazendo alusões a ataques contra instituições democráticas.
O atentado ao Supremo Tribunal Federal
Na noite de quarta-feira, 13 de dezembro, Brasília foi palco de um evento que abalou as estruturas da democracia brasileira. Francisco Wanderley Luiz executou um atentado contra o Supremo Tribunal Federal, lançando explosivos na Praça dos Três Poderes.
Por volta das 19h30, duas explosões foram ouvidas na região central de Brasília. A primeira ocorreu próxima à Câmara dos Deputados, onde o carro de Luiz estava estacionado. Acredita-se que os explosivos tenham sido acionados remotamente.
Minutos depois, uma segunda explosão, mais potente, foi registrada nas imediações do prédio do STF. Esta detonação resultou na morte de Francisco Wanderley Luiz, que aparentemente estava carregando o artefato explosivo.
O STF emitiu uma nota informando que “foram ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança”. A instituição também relatou que servidores e colaboradores foram evacuados por precaução.
A Polícia Federal foi imediatamente acionada e iniciou as investigações no local. Equipes de perícia foram mobilizadas para coletar evidências e iniciar a reconstrução dos eventos que levaram ao atentado.
Investigações em curso
Após o atentado e o subsequente incêndio na residência de Francisco Wanderley Luiz, as autoridades intensificaram as investigações para compreender a extensão do planejamento e possíveis conexões com grupos extremistas.
A Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão na residência de Luiz em Ceilândia, onde foram encontrados artefatos explosivos adicionais. Este achado reforçou a tese de que o atentado havia sido meticulosamente planejado e que poderia haver a intenção de realizar ataques em maior escala.
As autoridades estão realizando uma extensa análise das comunicações digitais de Francisco Wanderley Luiz. Seus dispositivos eletrônicos, incluindo celulares e computadores, foram apreendidos e estão sendo periciados em busca de informações sobre possíveis cúmplices ou uma rede mais ampla de apoiadores.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, declarou em entrevista coletiva que “há indícios de planejamento em longo prazo”. A polícia está investigando se Luiz esteve envolvido nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e se mantinha conexões com grupos extremistas organizados.
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Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Jardins. Redatora do grupo Sena Online.