As pimentas mais ardidas do mundo são capazes de elevar qualquer prato a um nível superior de sabor e intensidade. Essas jóias picantes, ricas em capsaicina, o composto responsável pela sensação de ardor, desafiam os limites do paladar e conquistam os paladares mais ousados. Neste artigo, veja as variedades, suas origens, características únicas e o índice Scoville que determina sua incrível potência.
A escala Scoville: Medindo a intensidade do fogo
Para compreender a magnitude da ardência dessas pimentas excepcionais, é fundamental entender a escala Scoville. Criada por Wilbur Scoville em 1912, essa escala mede a concentração de capsaicina presente, atribuindo uma pontuação em Unidades de Calor Scoville (SHU). Quanto maior o valor SHU, mais intensa é a sensação de ardor.
Pimentas populares
Antes de adentrarmos no reino das pimentas mais ardentes, é útil estabelecer uma base de comparação. A popular pimenta malagueta, consumida no Brasil, especialmente em pratos do Nordeste, varia entre 50.000 e 100.000 SHU. O famoso molho Tabasco, apreciado por amantes de pratos picantes, tem um nível que varia de 30.000 a 50.000 SHU.
Red Habanero Savina (500.000 SHU)
Originária da Califórnia, nos Estados Unidos, a Red Habanero Savina, uma variedade da Capsicum chinense, foi considerada a pimenta mais ardente do mundo quando a escala Scoville foi criada. Conhecida por suas notas frutadas e por adicionar sabores e aromas únicos aos pratos, essa pimenta é uma verdadeira favorita entre os amantes da culinária.
7 Red Pot Gigante (1.000.000 SHU)
Originária de Trinidad e Tobago, a 7 Red Pot Gigante recebeu seu nome por sua capacidade de apimentar sete potes de ensopado rapidamente. Rara e difícil de encontrar, essa pimenta apresenta cores diversas e é cercada de crenças locais que associam seu consumo à boa sorte e proteção contra energias negativas.
7 Pot Barrackpore (1.000.000 SHU)
Também procedente de Trinidad e Tobago, mais precisamente da cidade de Chaguanas, a 7 Pot Barrackpore exibe uma variedade de formas, aparências, tamanhos e cores. Ligeiramente maior e mais amarga que suas contrapartes, essa pimenta é resultado de variações híbridas, atraindo a atenção de colecionadores e produtores de espécies exóticas de pimentas ao redor do mundo.
Bhut Jolokia (1.041.427 SHU)
Conhecida como a “pimenta fantasma”, a Bhut Jolokia, nativa da Índia, é considerada 400 vezes mais quente que o Tabasco. Sua ardência começa na língua, e uma curiosidade sobre essa pimenta é que, em algumas regiões da Índia, ela é utilizada em rituais religiosos devido à sua natureza picante.
Naga Viper (1.349.000 SHU)
Resultado da mistura de diferentes variedades de pimentas, a Naga Viper conquistou o título de pimenta mais quente do mundo pelo Guinness World Record em 2011. Desenvolvida como parte de uma competição para criar a pimenta mais ardida, essa variedade une três linhagens distintas para atingir seu resultado final impressionante.
Trinidad Scorpion Butch T (1.463.700 SHU)
Nativa de Trinidad e Tobago, a Trinidad Scorpion Butch T apresenta uma semelhança intrigante com um escorpião. Tão pungente que requer o uso de luvas de proteção, essa pimenta pode causar cegueira temporária. Seu nome homenageia Butch Taylor, o cultivador original dessa variedade intensamente picante, que também é utilizada na produção do popular spray de pimenta.
7 Pot Primo (1.469.000 SHU)
Criada por Troy Primeaux na Louisiana, nos Estados Unidos, a 7 Pot Primo é uma combinação entre as variedades Naga Morich e Trinidad 7 Pot. Essa pimenta apresenta uma pele irregular e espinhosa, mas é apreciada não apenas por sua picância, mas também por suas características únicas de sabor que a tornam popular entre os apaixonados por culinária.
7 Pot Douglah (1.853.936 SHU)
Com raízes em Trinidad, a 7 Pot Douglah é considerada uma das melhores em termos de sabor. Pode ser consumida sólida ou em pó, e sua pele adquire uma tonalidade marrom durante o amadurecimento. Essa pimenta é reconhecida por seu perfil de sabor complexo, apresentando toques de chocolate e fumaça que a destacam no universo das pimentas.
Trinidad Moruga Scorpion (2.009.231 SHU)
Descoberta em Moruga, Trinidad, a Trinidad Moruga Scorpion causa uma intensa sensação de ardor na boca quando consumida. Reconhecida por sua aparência única e extrema picância, essa pimenta atrai a atenção de produtores de molhos picantes de todo o mundo.
Carolina Reaper (2.200.000 SHU)
Reconhecida como a pimenta mais ardida do mundo, a Carolina Reaper ganhou o primeiro lugar no ranking do Guinness World Record em 2017. Criada por Ed “Smokin” Currie e cultivada no Brasil por Fábio Tuma, essa pimenta é frequentemente utilizada em desafios culinários e se tornou uma verdadeira estrela no mundo das pimentas. Seu sabor intenso e ardência extrema testam até os paladares mais fortes.
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Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Jardins. Redatora do grupo Sena Online.