Os fenômenos paranormais sempre despertaram a curiosidade humana. Experiências como telepatia, premonições, aparições de fantasmas e poltergeists são tópicos recorrentes em histórias, filmes e relatos pessoais. No entanto, apesar de serem tradicionalmente associados ao sobrenatural, a ciência tem se dedicado a investigar suas causas. Estudos psicológicos, neurológicos e culturais ajudam a desvendar os mistérios por trás desses eventos. Qual tal explorar como a ciência explica os fenômenos paranormais e o que eles nos ensinam sobre o funcionamento da mente humana? Continue lendo para descobrir.
Psicologia anomalística: Uma visão científica do paranormal
A psicologia anomalística é um campo especializado que estuda experiências paranormais sob uma perspectiva psicológica e neurológica. Pesquisadores dessa área buscam entender o que ocorre no cérebro de pessoas que relatam fenômenos inexplicáveis. Em vez de assumir que essas experiências resultam de eventos sobrenaturais, eles analisam fatores como percepção, memória e influências culturais.
Por exemplo, uma pessoa que acredita em fantasmas pode interpretar sons ou sombras em um ambiente escuro como evidências de uma presença sobrenatural. A psicologia anomalística explica que a mente humana tende a preencher lacunas de informações com base em crenças pré-existentes e estados emocionais. Isso significa que muitos relatos paranormais podem ser compreendidos como respostas psicológicas a contextos específicos, não como eventos sobrenaturais.
A aura cerebral: Quando o cérebro cria visões
A aura cerebral é um fenômeno neurológico que pode ocorrer antes ou durante crises de enxaqueca. Pessoas que experimentam a aura frequentemente relatam sensações visuais, como luzes piscantes, vultos ou padrões geométricos. Essas experiências, em alguns casos, são interpretadas como visões sobrenaturais ou paranormais.
Os cientistas explicam que essas sensações surgem devido a alterações na atividade elétrica do cérebro, particularmente em áreas relacionadas à visão. Essas descobertas reforçam a ideia de que muitos fenômenos paranormais têm origens neurológicas. O cérebro, em condições específicas, pode gerar percepções intensas que parecem reais, mas não correspondem a estímulos externos.
O túnel de luz: Explicando experiências de quase morte
O túnel de luz é um dos fenômenos mais comuns relatados por pessoas que vivenciaram experiências de quase morte. Muitos interpretam essa visão como uma transição para outra dimensão ou como evidência de vida após a morte. Contudo, a ciência oferece uma explicação baseada em processos fisiológicos.
Quando o cérebro enfrenta uma falta de oxigênio, como ocorre em situações de parada cardíaca, ele libera uma descarga de impulsos nervosos na região responsável pela visão. Esse processo cria a sensação de estar em um túnel luminoso. Essa explicação científica ajuda a desmistificar um dos fenômenos paranormais mais intrigantes, mostrando que ele pode ser resultado de processos naturais do cérebro.
Explicando fenômenos paranormais com a ciência
Muitos fenômenos paranormais recebem explicações científicas, como a sensação de presença, atribuída a estímulos cerebrais em condições de estresse ou isolamento, e visões no leito de morte, ligadas à ativação de memórias intensas em momentos de alta atividade cerebral. Essas explicações oferecem um contexto claro sem desvalorizar as experiências relatadas.
O que os fenômenos paranormais revelam sobre o cérebro
Estudos sobre fenômenos paranormais esclarecem experiências inexplicáveis e oferecem perspectivas sobre o cérebro humano, explorando como memórias e percepções moldam interpretações de estímulos, como o antropomorfismo, que é a tendência de atribuir características humanas a objetos ou fenômenos, influencia essas interpretações, e como o medo amplifica respostas a estímulos ambíguos, possivelmente ligadas à sobrevivência evolutiva.
O papel do InterPsi no estudo paranormal
No Brasil, o grupo de pesquisa InterPsi, vinculado à Universidade de São Paulo (USP), é pioneiro no estudo de fenômenos paranormais. Especialistas do InterPsi investigam como fatores psicológicos, sociais e culturais moldam as crenças e experiências relacionadas ao sobrenatural.
O grupo busca compreender o impacto dessas experiências na vida das pessoas e como elas influenciam suas escolhas e comportamentos. Além disso, o InterPsi conecta explicações científicas a relatos pessoais, promovendo uma abordagem que respeita as crenças individuais enquanto explora suas bases científicas.
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Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Jardins. Redatora do grupo Sena Online.