Quem diria que a filha de Gilberto Gil começaria sua trajetória profissional aos 16 anos organizando camarotes de carnaval? A história e carreira de Preta Gil é repleta de surpresas e reviravoltas que moldaram uma das carreiras mais versáteis do entretenimento brasileiro.
O nome que quase não foi: a batalha no cartório
Uma história familiar que virou lenda
O tabelião do cartório inicialmente se recusou a registrar o nome “Preta”, alegando que não seria possível. A situação só foi resolvida graças à avó materna, que sugeriu adicionar “Maria” ao nome.
Nascendo assim Preta Maria Gadelha Gil Moreira. Essa curiosidade sobre seu registro civil sempre foi contada com humor pela família e revelava, já naquele momento, que Preta enfrentaria barreiras e preconceitos ao longo da vida.
Dos bastidores para os holofotes

Poucos sabem que Preta começou sua carreira aos 16 anos organizando o Prêmio Sharp, atual Prêmio da Música Brasileira, a convite de Zé Maurício Machline. Logo depois, foi convidada por Nizan Guanaes para estagiar na prestigiada agência de publicidade DM9, em São Paulo, onde trabalhou por dois anos.
Nos anos 1990, trabalhou nas produtoras Conspiração e Dueto, onde criou videoclipes para Ivete Sangalo e Ana Carolina e dirigiu materiais de grupos como KLB e SNZ. Seu papel foi fundamental na popularização do formato de videoclipes no Brasil, incluindo trabalhos como “Criança”, de Marina Lima, sua prima por parte de mãe.
A virada aos 29 anos
Mesmo sendo parte de uma família de artistas, Preta Gil começou na música apenas aos 29 anos. Em 2002, incentivada pela madrinha musical Regina Casé e amigas como Ivete Sangalo, organizou dois shows no bar Mistura Fina, no Rio de Janeiro. O sucesso foi tanto que a Warner Music ofereceu um contrato de gravação.
Polêmicas e pioneirismo
A capa que chocou o Brasil
O álbum de estreia “Prêt-à-Porter” (2003) causou rebuliço nacional. A capa, na qual posou nua, fotografada por Vania Toledo, teve muita repercussão. Seu pai, Gilberto Gil, chegou a criticar a decisão, mas Preta defendeu sua escolha como uma forma de mostrar quem realmente era.
Da TV ao teatro
- Caixa Preta (2004): Criado ao lado de Marlene Mattos na Band, o talk show valorizava sua negritude com as bailarinas “pretetes”, todas negras
- Vai e Vem (2009-2010): Talk show sobre sexualidade no GNT, onde recebia convidados famosos em um cenário de elevador
- Esquenta! (2011-2013): Comentarista no programa dominical de Regina Casé
Teatro e novelas
Em 2006, interpretou uma travesti chamada Linda Lee no espetáculo “Um Homem Chamado Lee”. Também atuou como a vilã Helga em “Caminhos do Coração” (2007), personagem que fez tanto sucesso que lotou o aeroporto de Cabo Verde quando ela visitou o país.
Legado musical e cultural
Hits que marcaram época
- “Sinais de Fogo”: Composição de Ana Carolina que se tornou seu maior hit
- “Sinônimos”: Segundo grande sucesso do álbum de estreia
- “Muito Perigoso” e “Eu e Você, Você e Eu”: Do álbum “Preta” (2005)
- “Só O Amor”: Parceria com Gloria Groove para a novela “A Dona do Pedaço”
O fenômeno Bloco da Preta
Lançado em 2010, o Bloco da Preta se tornou um dos mais aguardados do carnaval brasileiro, arrastando multidões pelas ruas do Rio de Janeiro. Em 2014, chegou a receber o cantor sul-coreano Psy como convidado especial.
Curiosidades surpreendentes
- Afilhada de Gal Costa, que foi sua madrinha de batismo
- Sobrinha de consideração de Caetano Veloso (que foi casado com sua tia)
- Prima de Marina Lima por parte de mãe
Pioneirismo LGBTQIA+
Em 2022, relembrou que sofreu críticas quando se assumiu bissexual no início da carreira. Revelou ter tido uma paixão platônica por Ana Carolina, que resultou em grande amizade e parcerias musicais.
Noite Preta: o show que virou fenômeno
Em 2007, estreou o show “Noite Preta” que fixou residência na boate gay The Week, consolidando-a como musa da comunidade LGBTQIA+.
A trajetória de Preta Gil mostra como a determinação e a autenticidade podem transformar obstáculos em trampolins para o sucesso.
Como sua própria carreira demonstra, às vezes é preciso trabalhar nos bastidores antes de encontrar seu verdadeiro chamado. Para saber mais sobre outros fatos e curiosidades, fique por dentro do site Curioseando.
Dúvidas frequentes
Preta Gil tem irmãos? Quantos são?
Sim, Preta Gil tem vários meio-irmãos por parte de pai. Entre eles estão Bem Gil,letown musician; Bela Gil, chef de cozinha e apresentadora; e Nara Gil, cantora. Todos são filhos de Gilberto Gil com diferentes companheiras.
Qual foi o valor do cachê de Preta Gil em seu primeiro show?
Não existem registros públicos sobre o valor exato do cachê de seu primeiro show, realizado em 2002 no bar Mistura Fina, no Rio de Janeiro. No entanto, esse evento foi decisivo para que ela assinasse contrato com a gravadora Warner Music.
Preta Gil tem filhos? Quantos?
Sim, Preta Gil teve apenas um filho: Francisco Gil, também conhecido como Fran. Ele é fruto de seu casamento com o ator Otávio Müller. Francisco é músico e integra o trio Gilsons, junto com outros netos de Gilberto Gil.
Qual era o signo de Preta Gil?
Preta Gil era do signo de Leão. Ela nasceu em 8 de agosto de 1974. Sua personalidade vibrante, carismática e criativa refletia bem as características típicas dos leoninos.
Preta Gil falava outros idiomas além do português?
Sim, além do português, Preta Gil falava inglês. Ela usava o idioma principalmente em suas viagens internacionais e em situações profissionais no exterior, como durante tratamentos nos Estados Unidos.
Qual era a religião de Preta Gil?
Preta Gil tinha uma espiritualidade eclética. Ela demonstrava respeito por diversas religiões e era frequentemente vista com fitas do Senhor do Bonfim, símbolo do sincretismo religioso e da fé popular da Bahia.
Preta Gil escreveu algum livro?
Sim, em 2024, Preta Gil lançou sua autobiografia intitulada “Preta Gil: Os Primeiros 50”. No livro, ela compartilhou experiências marcantes de sua vida pessoal, sua trajetória artística e sua luta contra o câncer.
Qual era o patrimônio estimado de Preta Gil?
Embora não tenha divulgado valores exatos, Preta Gil construiu uma carreira sólida como cantora, apresentadora e empresária à frente da agência Music2Mynd. Seu patrimônio era considerado significativo dentro do mercado artístico brasileiro.

