A sonda Solar Parker da NASA registrou as imagens mais próximas já captadas do Sol, a apenas 6 milhões de quilômetros de distância da superfície solar, durante sua órbita em dezembro de 2024.
Divulgado em 15 de julho de 2025, o vídeo revela detalhes impressionantes de erupções solares e ventos solares, capturando três ejeções de massa coronal em sequência.
Este feito representa mais do que apenas um recorde de proximidade. As imagens captadas pela Parker Solar Probe oferecem aos cientistas dados inéditos sobre o comportamento solar e seus impactos diretos na Terra.
O material pode ajudar a prever tempestades geomagnéticas, que afetam satélites, redes elétricas e comunicações. Para colocar em perspectiva, a Terra está a 149,6 milhões de quilômetros da estrela, o que torna essa aproximação ainda mais impressionante.
A Missão Histórica da Parker Solar Probe
A missão, iniciada em 2018, reforça a importância de estudar o Sol para proteger tecnologias e planejar futuras explorações espaciais. A sonda leva o nome do físico Eugene Parker, que em 1958 previu a existência do vento solar e acompanhou seu lançamento aos 91 anos de idade.
Recordes Quebrados Durante a Aproximação
A nave chegou a apenas 6,1 milhões de quilômetros da superfície da estrela, marco que também resultou na velocidade mais alta já atingida por uma aeronave: 692 mil quilômetros por hora. A sonda resistiu a temperaturas próximas de 1 mil °C durante a manobra, graças ao escudo térmico de alta resistência.
Durante esta aproximação recorde, a sonda estabeleceu dois marcos simultâneos:
- Distância mais próxima: 6,1 milhões de quilômetros do Sol
- Velocidade mais alta: 692 mil km/h, tornando-se o objeto mais rápido já criado pela humanidade
Descobertas Revolucionárias sobre o Vento Solar
Os ventos solares são fluxos de partículas que partem do sol se espalham pelo Sistema Solar. Quando intensos, eles podem interferir diretamente em sistemas elétricos na Terra, afetando comunicações por satélite, sinais de GPS e até mesmo redes de energia elétrica.
Dois Tipos de Vento Solar Identificados
A sonda confirmou a existência de duas subcategorias do vento solar lento: o alfvênico e o não alfvênico. O primeiro exibe pequenas oscilações; o segundo, não. Eles se originam em regiões diferentes da coroa solar.
Os dados revelaram características distintas:
- Vento solar rápido: pode ultrapassar 1,6 milhão de km/h e se origina como uma espécie de furacão magnético na superfície visível do Sol
- Vento solar lento: viaja à metade da velocidade do rápido, mas apresenta densidade duas vezes maior
Imagens Inéditas da Coroa Solar
As novas imagens revelam a coroa solar e o vento solar, um fluxo constante de partículas eletricamente carregadas provenientes do Sol que se espalham pelo sistema solar.
Os registros foram obtidos pelo instrumento WISPR (Wide-Field Imager for Solar Probe), embarcado na sonda, e mostram com detalhes inéditos a atmosfera externa do Sol, conhecida como coroa solar.
Impactos Práticos para a Terra
O vento solar se expande por todo o sistema solar com efeitos abrangentes. Juntamente com explosões de material e correntes magnéticas do Sol, ele ajuda a gerar auroras, despojar atmosferas planetárias e induzir correntes elétricas que podem sobrecarregar redes de energia e afetar as comunicações na Terra.
Previsão de Tempestades Geomagnéticas
O monitoramento detalhado do vento solar auxilia na previsão de fenômenos de clima espacial, ajudando a mitigar riscos para infraestruturas vitais e missões tripuladas. Em velocidades que podem exceder 700 km/s, essas partículas carregadas alcançam a Terra e podem influenciar o funcionamento de satélites, eletrônicos e até causar apagões em redes de energia.
Os benefícios práticos incluem:
- Proteção aprimorada de equipamentos espaciais
- Previsão mais precisa de eventos que afetam comunicações globais
- Estratégias aperfeiçoadas para missões tripuladas
Descobertas Científicas Fundamentais
As imagens divulgadas em 2025 mostram não apenas erupções solares, mas também a estrutura da coroa, uma região que permanece um mistério para os cientistas.
A capacidade de observar esses fenômenos de tão perto permite estudar processos como o aquecimento coronal, um enigma que intriga pesquisadores há décadas.
Próximos Passos da Missão
A próxima passagem da Parker, prevista para 15 de setembro de 2025, deve aprofundar essa análise. A NASA confirmou que a sonda orbitará o Sol nessa distância até, pelo menos, setembro de 2025.
Futuras Aproximações
Durante os sete anos estimados para a duração da missão, esta sonda realizará 24 órbitas em torno do Sol, sendo que a cada uma delas aumentará sua aproximação em relação ao astro e coletará dados sobre vento solar, realizará análises da coroa solar e fornecerá imagens da superfície da estrela.
Aplicações Futuras da Tecnologia
As tecnologias desenvolvidas para suportar as condições extremas do Sol poderão ser aplicadas em uma variedade de contextos científicos e industriais, ampliando a capacidade de inovar em ambientes desafiadores.
A missão Parker Solar Probe também serve como protótipo para futuras missões que explorarão outras estrelas em nossa galáxia, expandindo conhecimento sobre o funcionamento estelar no universo.
Perspectivas para o Futuro
A Parker Solar Probe não é apenas um testemunho do progresso tecnológico; ela também representa um compromisso contínuo da humanidade em desvendar os segredos do cosmos e entender melhor o papel do Sol na evolução do nosso sistema solar.
A Sonda Solar Parker continua a inspirar cientistas e entusiastas, mostrando que a exploração do espaço está apenas começando. Suas imagens, além de belas, são um lembrete do poder e da complexidade do Sol, uma estrela que influencia diretamente a vida na Terra.
Como mencionado no Curioseando, a exploração espacial continua revelando segredos que transformam nossa compreensão do universo.
Dúvidas Frequentes
A que distância a sonda Parker Solar Probe chegou do Sol?
A sonda chegou a apenas 6,1 milhões de quilômetros da superfície solar em dezembro de 2024, estabelecendo um recorde histórico de proximidade.
Qual velocidade a sonda atingiu durante a aproximação?
A Parker Solar Probe atingiu 692 mil quilômetros por hora, tornando-se o objeto mais rápido já criado pela humanidade.
O que são ejeções de massa coronal (CMEs)?
São grandes explosões de partículas carregadas do Sol que podem causar tempestades geomagnéticas e afetar satélites, redes elétricas e comunicações na Terra.
Como a sonda resiste às altas temperaturas?
A sonda possui um escudo térmico de alta resistência que mantém os instrumentos científicos em temperatura ambiente mesmo sob exposição a temperaturas próximas de 1.000°C.
Quando será a próxima aproximação da sonda?
A próxima passagem próxima está prevista para 15 de setembro de 2025, mantendo a mesma distância recorde.
Por que estudar o vento solar é importante?
O vento solar pode interferir em sistemas elétricos na Terra, afetar comunicações por satélite, sinais de GPS e até causar apagões em redes de energia.
Quantas órbitas a sonda fará ao redor do Sol?
A missão prevê 24 órbitas em torno do Sol durante os sete anos estimados de duração.
Qual instrumento capturou as imagens do Sol?
As imagens foram obtidas pelo instrumento WISPR (Wide-Field Imager for Solar Probe), desenvolvido pelo Johns Hopkins Applied Physics Laboratory.